quinta-feira, 2 de maio de 2013

ou:Como a estrela refletiu nos olhos do menino e me ensinou a tornar inteiro o que se partiu...

Comecei estes textos com algo partido.   
Olho agora a cola e seu processo de cura.  
Sem uma cura a cola não une as partes.  
Tornar inteiro é sanar, tornar são, curar, colar.  

As vezes corremos feito loucos. 
Feito loucos não percebemos essa correria.  

Como algo fluido integra as partes?   
É uma troca, uma difusão permitida.  
Um passo para cá e outro para lá.  
Uma dança.  
Então aos poucos os corpos podem girar.  
De repente não se pode distinguir o que é meu lado e o que é o seu.  

A cola é algo mágico.  
As partes podem ser muito estranhas uma a outra.  
Que magia a cola, a cura!  
Uma terceira natureza preenchendo a fratura, 
como uma vida outra  com vontade própria.   

Se a cola não cura, ela não cola.  
Qual o tempo de uma estrela, 
o tempo para que seus raios invisíveis impulsionem minha sanidade? 

Como uma planta que precisa de sol, 
você precisa dessa estrela agindo sobre a cola. 
Pode ser um segundo.  
Só você sabe o tempo.  
A estrela pode estar perto, longe.  
Muito perto queima.  
Muito longe não esquenta.  
Só você sabe a exata distância.  
O que eu sei é que a cola invoca sua própria estrela.  
A santidade invoca santidade.  
As vezes basta parar um pouco,
desistir da correria e contemplar essa maravilha se realizando...

Deixar essas parte se unirem é também confiar nessa luminosidade.  
Eu vi isso em seus olhos.  

Confie na cola.  
Confie na cura.  
Confie na luz.


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